sábado, 9 de agosto de 2008

Meu pai


Procurei muito algo para homenagear os pais.
Meu pai não foi meu herói, meu bandido como diz o Fábio Júnior. Ele tem os defeitos dele como qualquer pessoa.
Também nunca precisou de uma "chamada" para assumir o papel de pai. Tudo bem que não me lembro dele em reunião da escola, isso sempre foi com minha mãe. Mas como ela mesmo diz, ele fez muita mamadeira para nós.
Fico pensando que muito do que ele é como pai aprendeu com meu avô, que era uma pessoa muito especial.
Acho que pareço mais com ele do que com minha mãe. Apesar dele dizer que dirigindo sempre faço o oposto do que ele faria . rs
Tento lembrar momentos com meu pai...
Sentada com meus irmãos no banco da praça aprendendo a chupar picolé rodando o palito para não fazer muita sujeira, ele tentando dormir depois de uma noite de trabalho e três pirralhos pulando em cima e vestindo camisola da mãe nele, fazendo papel de pai, marido, filho em brincadeira de boneca de menina, triste mas forte quando meu avô morreu, sendo um avô que supre a ausência de um pai sem nunca tentar ocupar o lugar do mesmo...
Acho que em toda minha vida só um momento eu vejo meu pai sem saber o que fazer como pai... Ele sabia que não podia fazer nada para mudar as coisas e tinha que me preparar para momentos muito difíceis. Mas o desviar do olhar entregou que tinha alguma coisa muito errada acontecendo...
Meu pai não é meu herói, é meu anjo da guarda. Me guia, aconselha, protege, cuida, ama...
E eu sou doida por esse cara...

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