sábado, 11 de abril de 2009


Estar sozinho é engraçado, louco, angustiante, libertário e triste, tal qual estar com alguém.
No entanto, estar sozinho é absolutamente o oposto de estar com alguém.
Estar sozinho é fechar as mãos no nada quando se atravessa a rua correndo e não se tem uma mão para segurar.É acordar sem saber o que será do dia porque planejar sozinho dá preguiça.
A vida simplesmente acontece para quem está sozinho, às vezes sem que a gente perceba, pois é mais fácil ter noção de si mesmo através de outra pessoa.
É o doce que substitui mal e amargamente o sexo.
Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um.
E você torce para que aconteça com a sua melhor amiga, ou com aquele homem que você gostaria de experimentar como uma pílula para a sua solidão.
Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido.
É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão.
É chorar do nada. É acordar do nada. É morrer de medo do nada que fica no estômago.
Estar sozinho é uma coisa física, ou melhor, é a falta dela.
Você se sente oco por dentro, por isso aquele respiro profundo de lamentação.
Quando chove, venta, escurece, e você está sozinho, você lembra de Deus e do quanto é pequeno.
Estar sozinho é detestar ficar em casa.
Ficar em casa sozinho, quando se está sozinho, é muita solidão.
É estar pronta para algo novo e não agüentar mais dias iguais.
É ocupar a vida dos outros com reclamações, lamentações, dúvidas e carências.
Resumindo: estar sozinho é triste, enche o saco dos outros e deve fazer mal para a saúde.

(Tati Bernardi)

Beijo partido

Sabe, eu não faço fé nessa minha loucura
E digo
Eu não gosto de quem me arruina em pedaços
E Deus é quem sabe de ti
E eu não mereço um beijo partido
Hoje não passa de um dia perdido no tempo
E fico longe de tudo o que sei
Não se fala mais nisso, eu sei
Eu serei pra você o que não me importa saber
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito
E grito
Olha o beijo partido
Onde estará a rainha que a lucidez escondeu?
Hoje não passa de um vaso quebrado no peito

sexta-feira, 10 de abril de 2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O que não se pode explicar aos normais

Sobre o amor e o desamor, sobre a paixão,
Sobre ficar, sobre desejar, como saber te amar?
Sobre querer, sobre entender, sem esquecer,
Sobre a verdade e a ilusão,
Quem afinal é você?
Quem de nós vai mostrar realmente o que quer?
Um coração nesse furacão, ilhando onde estiver.
O meu querer é complicado demais,
Quero o que não se pode explicar aos normais.
Sobre o porque de tantos porquês,
E responder
Entre a razão e a emoção eu escolhi você!

(Catedral)