domingo, 24 de agosto de 2008

Conflito



Tenho medo das águas do destino

a invadirem o que penso e faço,

numa linha de infinda contradição.

Eu sou assim:

quero fugir mas chamo,

quero ficar mas me assusta

não ter em mim nada seguro e certo.

Nunca receio a alegria,

para qual todos os milagres são normais.

Mas quando tarda quem amo,

meu coração fica exposto e aberto.

E mesmo assim eu persisto,

e ainda assim espero ainda,

como criança sozinha atrás do muro.

(Lya Luft)

Nenhum comentário: