sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ame-se, para depois amar alguém!


Li um texto de Mário Quintana esta semana que falava sobre o amor e sobre auto-confiança.
O poema mostrava uma verdade que todos nós esquecemos quando estamos apaixonados.
Direcionamos e entregamos de bandeja todos nossos sonhos e esperanças para outra pessoa,
para o ser amado. Colocamos um peso danado nas costas daquele que deveria ser um companheiro e não um burro de cargas.
Daí, começam as cobranças. O amor de sonhos de fadas,o ilusório, o idealizado, acaba de uma hora para outra.
Existe uma diferença entre amor, paixão e obsessão.
O amor é algo puro que se constrói dia-a-dia, com entregas, com concessões, com momentos de cumplicidade. Isso aproxima as almas.
Já a paixão desenfreada cega e, aos poucos, cansa, gerando cobranças até se tornar uma obsessão doentia.
Tem pessoas que não conseguem viver mais sozinhas, como num filme de ficção parecem que se misturam na outra pessoa - no ser amado-, se tornando parte dele e, se este sair de sua vida,
não conseguirá mais respirare irá morrer.
Isto jamais pode ser amor, é apenas doença. Só ama, aquele que realmente se respeita como um indivíduo, não como uma sombra ou parte do outro.
Passamos nossas vidas correndo atrás da outra metade. O conceito de outra parte que nos completa surgiu comPlatão, reforçando a tese espiritualista da alma gêmea. Não estou discutindo e nem afirmando que não existem pessoas que nasceram para outras pessoas. Acredito até que esta idéia romântica é muito bonita e, em alguns casos, acontece.
O que argumento é sobre esta conspiração que a sociedade faz de sermos obrigados a ter um relacionamento estável e feliz, como se isso fosse a solução de todos nossos problemas.
Chegamos a esquecer nossas vidas, nossos traumas, profissão, família e tantos outros anseios a favor ,única e exclusivamente, de um grande amor.
“... O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando você...”
Este é um trecho do texto de Mário Quintana, no seu poema Amadurecimento.
A maioria das pessoas passa a vida toda correndo atrás de um ser especial, um príncipe ou uma
princesa encantada e esquece de si próprio.
Esquece de se tornar uma pessoa especial, direcionando toda a sua vida e as suas energias para laçar e conquistar este ser supremo.
E, pior, mantê-lo acorrentado do seu lado para o resto da vida, como um prisioneiro.
E com isso, a vida vai passando, vamos nos tornando mais velhos, e nos damos conta de que se não gostarmos de nós, se não sentirmos à vontade em nossa própria companhia, não existirá ninguém que possa nos amar de verdade.
Ao invés de passar sua vida correndo atrás das “ borboletas”, vá cuidar do seu jardim para que ele seja florido e sempre disposto a aceitar pessoas interessantes em sua vida.
E, se pôr acaso, você for flexado pôr um amor, será uma conseqüência deliciosa que deverá viver
com bastante intensidade.
Mas , sempre, você em primeiro lugar.
Não pense que a renúncia de seus sonhos e desejos em prol de alguém garantirá este amor com final feliz, como nas novelas das oito e nos filmes românticos.
Amor é complemento.
Se o seu namoro e casamento não trazem a você alegria de viver,chute o balde e vá cuidar do seu jardim.
Torne-o novamente florido e perfumado e atraia um novo amor.
Felicidade é um direito seu, como o ato de respirar.
Dê uma chance a você mesmo.
Você deve ser sempre o ator principal de sua história, não se contente em ser um mero coadjuvante.

(Não sei, mas conheço esse texto e não lembro quem é o autor...)

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